Tenta com garras de leoa
Rasgar a fissura da parede
Obrigá-la a ceder para entrar
Apertar-se tanto até que a dor não doa
E as lágrimas congelem caídas
Do seu triste, dilacerado olhar.
Quer espremer-se tanto
Até que as entranhas lhe digam
O que anda ela a fazer
Para aquele tormento acontecer.
Quer saber do que a acusa
Não para se defender ou contra-atacar
Quer perceber por que está tão irado
Para que possa melhorar.
Fátima Henriques
(sujeito poético: ela)
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