sábado, 4 de dezembro de 2021

Despe-te e vive!

 


O Inverno chega e com ele as temperaturas baixas. Começa a ficar frio. Muito frio.
Vestimos uma camisola, outra camisola, um casaco e um casacão. Camada a camada, vestimo-nos para nos protegermos do frio, não vá chegar-nos aos ossos e às cartilagens.

Assim como no Inverno, tendemos ao longo da vida, ao longo dos anos, ao longo do ano, a vestir capas sobre a nossa pele para "protegermos" o melhor de nós. Ou, simplesmente, para que não cheguem até nós. Vestimos o medo, a insegurança, a precaução, anseios... enfim, toda uma panóplia de camisolas que vão ocultando a nossa autenticidade. O nosso âmago fica tão bem guardado que nem nós próprios, muitas vezes, lhe conhecemos o potencial.

Sonhos ficam por realizar, palavras ficam por dizer, dons e talentos ficam por fazer render, alegrias ficam por sentir, vida que fica por viver.

O Inverno chega, arrefece, mas tem hora para ir embora. Na mala leva as camisolas, os casacões e as mantinhas do sofá.

Não tem mal, sazonalmente, vestirmo-nos até às entranhas. Afinal, viver não é um caminho linear. É normal sentirmos receios e anseios, tristeza e preguiça, fraqueza e insegurança. Agora cabe-nos vestir estas capas apenas nos invernos da nossa caminhada e fruir das demais estações. Só assim seremos nós.


Que camisolas vestes que te impedem de ser quem és? 






Sem comentários:

Enviar um comentário