quinta-feira, 30 de abril de 2015

Sozinha

Porque há dias que devemos tirar só para nós...









Há muito que não parava sozinha, algures numa terra que desconheço.
Corro a memória para me recordar de quando teria sido a última vez que me permiti a estar assim: comigo mesma, à minha conta, numa terra que cheira a mar, rodeada por quem nunca vi. Sem o meu tesouro.

Desta pesquisa mental, um resultado apenas: ficheiro não encontrado, nos últimos cinco anos.

Un café solo e agua al tiempo são o que, por agora, me basta para estar aqui e apreciar o momento.
E agradeço.


Sozinha, retomo a caminhada que revigora o corpo e engrandece a alma. Sozinha. Sem medo de me ouvir.

E tu, quando foi a última vez que estiveste a sós contigo mesmo?





















sexta-feira, 10 de abril de 2015

amor amor, a quantos km obrigas?







































À minha volta, são cada vez mais os casais casados, com ou sem filhos, a quem a vida insiste em separar. Uns dias por semana, umas semanas por mês, alguns meses por ano. Por força do trabalho.

Há quem defenda que a distância inflama o amor e a relação desenvolve-se um pouco alheia à rotina. Outros há que sofrem na pele a rotina da distância e anseiam pela rotina diária de proximidade. Sem malas que nunca se desfazem por completo.

É verdade que podemos estar longe e sentirmo-nos tão [ou mais] perto. Em sintonia e apoiados.

Mas... e naquele dia em que tudo parece virar-se contra nós, onde está o abraço que nos ameaça partir as costelas e nos conforta a alma?

Bem, esse aconchego chegará a cada reencontro, mais forte e mais apertado.

Sofre quem vai, sofre quem fica e todo o amor se dilui, ainda que por uns segundos, no abraço do reencontro. Haja aMoR! E paciência!

quarta-feira, 1 de abril de 2015

ou choras ou sufocas


Ou choras ou sufocas.
Choras.
Choras como quem é fisiologica e naturalmente forçado a respirar.  Para não sufocar.
Choras porque te sentes a transbordar.
E transbordas a chorar.

Parece que em abril, lágrimas mil!

Como que um amuleto, socorres-te no aconchego do teu filho. Tão pequeno, porém de abraço forte e beijo ternurento:
- "Eu sei o que precisas, mãe! Um miminho, um abraço e um beijinho!"

Corres a pé-coxinho, jogas à bola, saltas obstáculos. Já não choras, sorris!