segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

À Jo(ia)




À Jo(ia),
[e a todos os que se sentem assolados por uma saudade dilacerante...]

Bem sei que dói. Dói ao ponto de acharmos que o coração nos vai sair pela boca.

Bem sei que dói. Dói e o travesseiro, aquele que deveria ser o nosso ombro amigo, é cruel e insiste em querer ver-nos chorar. Mais? Sim, mais.

Bem sei que dói. Dói mesmo lá no fundo do nosso ser só de pensar que nunca mais vamos sentir o seu aconchego e o seu cheiro. Ouvir a sua voz. Meu Deus, a sua voz! Dói tanto, mas tanto. Bem sei.

Mas também sei que ganhámos um contacto direto com um Amor Maior, que mesmo ausente se faz presente. E isso não é para todos.

Mas também sei que não estamos sozinhas e o melhor dos presentes ficou connosco. E isso não é para todos.

Mas também sei que, em poucos anos, vivi um Amor Sublime que muitos não vivem uma vida inteira. E isso também não é para todos.

Mas também sei que estou aqui para ser Feliz, aconteça o que acontecer, doa o que doer! E isso é para todos!

Eu acredito. Eu agradeço.




quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

um não são dois!










Quem inventou a velha máxima de que quem tem um, tem dois, de que quem cria um, cria dois, não vive certamente nos dias de hoje! Ou, pelo menos, não a terá proferido numa semana arrasada pelo frio e pelas gripes e constipações, que consomem o corpo pequeno dos filhos.

Um não são dois. Prova-nos a matemática e provo-o eu, no dia-a-dia, nos últimos dias, em que dormir se torna um bem tão escasso, tão escasso... que já nem sei o que isso é! Porque levantar-me para acudir a um, não é o mesmo que levantar-me para socorrer um e, quase sem deitar, seguir para acorrer o outro. Medicação para aqui, fraldas para acolá, as horas passam e é tempo de levantar, precisamente minutos depois de me ter sido permitido deitar!

E posto isto, parece-me que quem lançou este bitaite talvez quisesse dizer que a recompensa por ter dois pedacinhos de céu aninhados ao nosso colo seja de tal forma avassaladora, que não ter tempo nem espaço para pensar em algo mais que fraldas, roupas, sopas e papas é irrelevante.

Valha-me poder lançar o desabafo e esperar que as maleitas desapareçam para bem longe. E agradecer por estes dois encherem assim tanto a minha vida!

Venham os dias mais quentes e, quiçá, até pensarei que quem tem dois, tem três!!!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

um ano, desde já, desafiador!

















Cinzento. A  primeira semana do ano começa em tons de cinzento como que a desafiar-nos a dar-lhe cor, calor e alegria.

Pensa ela que somos fracos e esquece-se que, no ritual de passagem de ano, nos munimos de todas as nossas forças mentais e afins para fazermos mais e melhor em 2017. Esquece-se que, entre uma uva-passa e outra, acreditamos que este ano é que é! Faça chuva, faça sol. Este ano é que é!

E, no final de contas, esquece-se que estamos cá para sermos Felizes! E, pior, esquece-se que nós sabemos disso!

Portanto, semana cinzenta, molhada e fria, nós dar-te-emos o que pedes: cor, calor e alegria, ou não fôssemos nós "nação valente" e quase imortal!

A todos, um ano Feliz!