domingo, 28 de dezembro de 2014

o meu Natal (re)começa agora...


Sinto que ainda estou a viver "este Natal" (aquele que vem anualmente assinalado no calendário) a contratempo ou, se calhar, desfasada do tempo ou, talvez, com delay.

Por esta altura, já "todos" compraram e trocaram prendas, enviaram mensagens, e eu só agora começo a sair do meu casulo. Aquele onde me recolhi para introspeção. Aquele que me impele a olhar para dentro de mim, sem perder de vista as delícias da vida familiar ao meu lado.

E até agora vivi entre este casulo e o amontoar-me na minha família de três e a boa conversa à mesa com pais, irmãos, sogros e cunhados.

E só agora começo a sentir-me preparada para lançar para fora o que de bom encontrei cá dentro e melhorar o que precisa ser limado. Em mim.

E só agora consigo agarrar na caneta e deixar o pensamento fluir para o papel e para as pessoas que tanto quero, que tanto gosto.

Desculpem o meu egocentrismo, mas precisei desta quadra natalícia quase só para mim, livre de mensagens em série e da histeria pelos presentes, para poder viver o Natal o ano inteiro.

E porque fazer do Natal um caminho de uma dúzia de meses é um desafio árduo, valha-me o casulo para parar as vezes em que for necessário!







Feliz Natal a todos e um 2015 carregado de muitos Natais!


quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

escalar até ao topo...

e até lá ir apreciando o caminho...


Vida.
Porque me apraz falar dela pelo prisma otimista (e verdadeiro), vejo que me tem permitido [literalmente] ascender...

Vida.
A minha vida. Em tempos morei no 3.º Cave, numa rua perdida à volta de Lisboa, mais tarde mudei-me para o 5º andar, numa alameda, e hoje, da minha janela, vejo um horizonte sem fim. Alto. Bem alto. E é bem do alto do Xº andar que respiro fundo, aprecio a vista desafogada que se abre à minha frente e agradeço. Sempre a presentear-me. A vida. A minha vida.

Sendo esta quadra marcada pela desenfreada corrida aos presentes, que posso eu mais desejar?

Continuar a escalar... fazendo dos recuos inesperados verdadeiras rampas de lançamento para chegar ainda mais alto.




domingo, 30 de novembro de 2014

soul words


éfe.agá


Se é verdade que uma imagem vale por mil palavras, não menos verdade é que uma palavra poderá valer mil e uma imagens. São palavras que vêm do coração. Simples. Profundas. Intensas. São palavras com alma.

Diz-se que "palavras, leva-as o vento". Que as leve. Haverá alguém que as apanha. Haverá alguém que precisa delas.







sábado, 8 de novembro de 2014

um filho, dois pais




As pessoas tendem a olhar para os acontecimentos inesperados, aqueles que causam dor, desde logo pelo lado negativo. A visão imediata [e muitas vezes, prolongada no tempo] é pessimista, achando que tudo [de menos bom, para uns e de mau, para muitos!] lhes acontece. E questionam: Porquê eu? Porquê a mim?

É verdade que dói, é verdade que pode marcar toda uma vida. Não menos verdade é o facto de que vermos pelo prisma mais otimista poderemos estar mais perto da Verdade. Da Vida.

A minha experiência [se calhar, mais o meu coração!] diz-me que ficar, sem qualquer aviso, sem o pai não é obrigatoriamente uma perda, um infortúnio. O meu coração [assumo!] diz-me que o ser pequenino que nasceu de mim não perdeu, mas ganhou. E se ganhou, é afortunado. Um está no Céu e o outro dorme no quarto ao lado. Ambos a cuidar do menino. Ambos ao seu lado.

É verdade que dói. É verdade que pode marcar toda uma vida. Mas que vida é essa que não é marcada, que não é vivida, sentida?!

Até para a dor, é-se escolhido... Aproveita-se, então, e amadurece-se.





sábado, 11 de outubro de 2014

inebriação dos sentidos





Chego a casa e nas mãos trago o cheiro a eucalipto.
A tarde de hoje levou-me a contemplar os prazeres de uma pacata vila piscatória, onde todas as ruas vão desaguar ao mar. Todas.

No ar paira a sensação de que o tempo parou somente para que eu tivesse tempo de parar. Parei. Parámos. Mesmo com o mais pequeno a libertar energia pelos poros, eu consegui parar.
Que bueno!

Não fosse esta uma ilha e o seu cheiro a mar, diria que estava de volta a casa e à terra que me viu nascer e crescer. O aroma a eucalipto e os trilhos rudimentares transportam-me à minha infância. E uma vez aí não há como não sorrir e sentir serenidade a invadir-nos o corpo e a mente. Deixo-me estar. Deixo-me inebriar...


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

pouco é tanto























um pouco de mim.
um pouco de ti.
um pouco do mais pequeno. 


Estes poucos assim juntinhos são tanto. São tudo o que preciso para uma foto [vida] tão cheia! Cheia de nós.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Anjos?

.algures em Alcochete. por JT.






























Anjos?
Poderia dizer que não acredito que eles existem. Contudo, aparecem assim, dão-nos a mão, ajudam-nos com a tralhoada que carregamos como se nos conhecêssemos há uma imensidão.

Aparecem assim, mesmo quando precisamos. Aparecem assim, naquele exato momento em que te vês atrapalhado, com o filho a dormir ao colo, um saco de um lado, a mochila do outro, o casaco, as chaves no bolso, as outras chaves no outro bolso. Caem as chaves e tudo o resto vai atrás. Cai tudo e zás - tens alguém que te aparece assim. Assim, exatamente assim. E tão depressa desaparece...
Anjos? :)

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Prometes que vais tentar?





Quando estás quase a desistir de lutar por [mais] uma mudança tão necessária à tua vida [familiar] - aquela que te permitirá abrandar o ritmo e distinguir os dias da semana - tens o teu filho, ensonado [porque lhe estás a roubar diariamente uma hora à cama], a desafiar-te:

"- Mas vais tentar, mãe? Prometes que vais tentar?"

Uouuu... não fosse tua tenra idade, diria que saberias exatamente o que me tem preocupado nos últimos tempos. Com todo o amor [e mesmo cheio de soninho] interpelas-me assim, como quem sabe tudo da minha vida.

"- Tentar? É claro que vou tentar!" Por ti, filho, sempre!

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Ligar a ficha




Há umas semanas atrás, incitava a desligarmos a ficha e a ligarmo-nos a nós próprios.

Pois bem, para quem já teve oportunidade de o fazer, o desafio agora é voltar a ligar a ficha à realidade, sem nos desligarmos a nós próprios! Tudo ligado! Uma vida e peras! Fora e dentro de nós!

Acordar cedíssimo, agilizar todas as tarefas, dar resposta a tantas solicitações, correr [porque o comboio não espera!], querer deitar mais tarde, planificar, parar. Deitar. Não muito tarde, porque no dia seguinte tudo recomeça. Cedo. Bem cedo.

- Welcome, girl, to the real world!
- For sure, here I am! ;)

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

um brinde a ti!




Eu sei o que te faz feliz.
Se sei o que te faz feliz, porque é que não o faço mais vezes para que sejas e estejas feliz "mais vezes"?! Sempre.

E é tão simples o que te feliz, bem sei.
Se o é, porque me sinto tantas vezes tão atada para me mexer, fazer acontecer?!

Levar-te a tomar café e aproveitar a ocasião para te contar as boas novas que vão acontecendo - comigo, com familiares, com amigos - é o que basta para te arrancar belos sorrisos, misturados com gargalhadas, calinadas e palhaçadas!

Eu sei o que te faz feliz.
Se sei o que te faz feliz, mãe, porque não o faço todas as vezes para que sejas feliz sempre? Sim, sempre. Sempre basta.
                                                                                                                     

Parabéns, mummy!



quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Desligar a ficha



























Às vezes não basta entrar de férias para se conseguir desligar a ficha!
Às vezes é preciso mesmo obrigarmo-nos a fechar os olhos para encontrarmos o nosso lugar e para nos encontrarmos.

Porque às vezes é preciso mesmo desligar a ficha e ligar-se a si próprio! Às vezes!

terça-feira, 22 de julho de 2014

meu Anjo


5 anos.
5 anos passaram desde que te vi pela última vez...




























"Eu parto, mas tu não ficas sozinha." Estas poderiam ter sido as tuas últimas palavras, tivesse havido oportunidade para as proferires.

Porém, de algum modo eu as ouvi. E, na verdade, deixaste-me o melhor de ti - o nosso menino. Obrigada. Muito obrigada.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

stop

It's time to make a stop.

Just stop and smile!

... contigo, de braço dado, para todo o lado!

quarta-feira, 9 de julho de 2014

tu inspiras-me





















Hoje inspira-me o teu beijo cúmplice, o teu sussuro ao ouvido.
O teu abraço é o meu porto seguro, o meu lugar de conforto.

Longe ou perto, tu inspiras-me!

quinta-feira, 3 de julho de 2014

maktub
















Face a uma situação dramática irreversível, temos desde logo dois caminhos: ou afundamo-nos na dor da perda da pessoa que amamos ou optamos por nos reerguer [porque da queda ninguém nos livra!], apoiados em todos os sinais de esperança que nos são dados.

A primeira opção não nos permite ver os sinais de esperança que a vida nos dá. E, sem eles, caminhamos de mãos dadas com a depressão e a tristeza.

Se, pelo contrário, escolhemos viver e acreditamos que estamos aqui para sermos felizes, seremos capazes de ver os mais singelos presentes que a vida nos oferece.
Este 2º caminho traz, obviamente, momentos de dor e agonia profundas, ao ponto de acharmos que o nosso coração nos vai ser arrancado do peito e sair pela boca. Desculpem-me esta imagem agora criada, mas é mesmo assim! Dói. Dói muito. Mas garanto que o coração não sai pela boca. Não sai. [Não saiu.] E não desidratamos, mesmo com tanta lágrima derramada!

Apercebermo-nos dos sinais [de esperança e não só] que se nos vão aparecendo, permite-nos ir destilando a dor e perceber que se existimos, existimos para sermos felizes. E depois da tempestade, vem a bonança! Sempre. Há que estar atento aos sinais... :)

E, já agora, deixar-se encantar com os sorrisos que nos rodeiam! :)

E para terminar, uma pergunta retórica: quem ou quais as pessoas que com o seu sorriso te encantam??! :)

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Tremuras de quem é mãe

Podemos andar com a cabeça à roda porque temos imbróglios de todo o tamanho para resolver no trabalho, porque os deadlines apertam, porque há greve dos transportes, porque e porque... Mas quando o nosso filho adoece, para tudo! Ficamos sem chão e os problemas que tínhamos até então esfumam-se. Desaparecem.

Aquele ser frágil que vem de nós faz tremer todo o nosso mundo, sempre que a febre, a tosse imparável e as gastros decidem atacar.

Porém, quando a cura passa [apenas] pelo ben-u-ron e pelo brufen, reforçada com uma boa dose de brincadeiras e palhaçadas, agradecemos e respiramos de alívio, esperando que o próximo episódio só aconteça na próxima década!!

E assim foi nos últimos dias!

E a ti, o que te faz tremer?

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Verão, praia e bolas de berlim!






























Hoje, surpreendentemente, a venda da Bolacha Americana chegou ao comboio. Mas a bola de berlim, essa devoro-a na praia!

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Aquele tempo que é nosso, pessoal e intransmissível!

Gerir o tempo no trabalho, com mais um curso ou workshop sobre o assunto, chegamos lá com relativa facilidade. Organizamos, priorizamos as tarefas e temos a gestão do tempo e do trabalho controlada.

Gerir o nosso próprio tempo [aquele que é só nosso, pessoal e intransmissível] aí a música já é outra! Parece-me que nem com Mestrado ou Doutoramento chegamos lá! 


Face a tantas solicitações a que estamos sujeitos, diria 25 ou 26 horas por dia [ou mais!!!], o que mais se ouve é mesmo "não tenho tempo" | "nesse dia não posso" | "pode ser mais cedo?" | "e mais tarde, não dá?" | "não tenho tempo para nada!". 


E nisto o nosso Precioso Tempo passa. E esquecemo-nos que o [nosso] tempo é o que de melhor podemos dar a alguém! 
O tempo que damos ao filho, ao marido, aos amigos, a nós próprios... é por demais valioso para apenas ser dado "quando há tempo"!!


quinta-feira, 19 de junho de 2014

filho FELIZ, mãe realizada!






















Sem filtros, sem correções.
Um pão na mão, umas brincadeiras, um filho Feliz!
Eu?
Realizada, cheia de vontade de te agarrar num abraço sem fim!!

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Enche-me o coração...


[photo by Josephine Leite]














Chamem-me piegas. Chamem-me lamechas. A verdade é que me comovo quando presencio gestos de amor ao próximo. Comovo-me mesmo. E isto acontece perante as atitudes aparentemente mais simples.

Enche-me o coração quando vejo uma pessoa idosa entrar no comboio, com olhar de criança desamparada, e de imediato alguém se levanta para lhe ceder o lugar. E muitas vezes são jovens, muito jovens. Muito se diz sobre a nossa juventude e a sua atitude alienada. Contudo, eu ainda testemunho [quase diariamente] estes gestos altruistas, carregados de ternura para com os outros. E quando se trata dos "nossos avós", marcadamente fragilizados pela própria idade, fico verdadeiramente enternecida.

Provavelmente, a maioria de nós até acha que estas atitudes não são mais que a obrigação de quem ainda é novo. Até pode ser. Porém, comovo-me sempre. Comovo-me mesmo.

[Obrigada, Jophy, pela foto, que carrega em si toda uma vida! :) Especial, sem dúvida!]


quinta-feira, 12 de junho de 2014

madrugar... sem reclamar!

Se podia reclamar porque todos os dias tenho de madrugar, preparar-me à velocidade da luz e apressar-me para o comboio? Poder, podia. Até podia vestir logo uma cara mal-humorada, bater a porta e seguir caminho, mal-disposta e rezingona! Poder, podia. Mas o trajeto obriga-me a apreciar este tipo de coisas:

















Assim não dá! Assim não há quem aguente... sem esboçar um sorriso logo pela manhã! :)

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Ouvir-se...

[Porém, há aqueles que pensam... entretendo-se!]


18h23|Viagem CP
Durante a viagem, reparo que a maioria dos passageiros não abdica dos supostos artefactos de entretenimento e prossegue de auscultadores nos ouvidos e/ou agarrada aos telemóveis, tablets e afins, como que receasse ouvir os seus próprios pensamentos. 
[É de mim ou há um receio crescente em nos ouvirmos a nós próprios?]
E é assim: à mesma hora, sobre a mesma linha, [quase sempre] as mesmas pessoas.

Nota: Não pretendo insurgir-me contra o uso destas ferramentas de lazer; mas desafio a abdicarmos delas, de vez em quando... :) 

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Menino dos meus olhos

[photo by Daniel Ribeiro]














Este dia era especial, é certo.
Mas este menino, ao seu jeito, conseguiu torná-lo inesquecível! :)

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Na hora da dificuldade... sorri!

[Hoje tropecei nesta imagem]




















Como não sei fumar [porque nunca quis aprender], tenho de me fazer valer de outras técnicas face a momentos de stress e de dificuldade. Porque não sorrir? :)

domingo, 1 de junho de 2014

Nasce e nasce criança!

Este blogue acaba de nascer e nasce criança! E, ao primeiro sopro de vida, não chora, sorri! :)

Hoje, Dia Mundial da Criança, dou vida ao que poderei considerar uma pequena extensão de mim. Acredito que fazê-lo crescer, em palavras e imagens, estarei também eu a engrandecer-me interiormente.


Se com uma palavra, uma imagem, um apontamento, um desabafo conseguir tocar alguém, arrancar-lhe um sorriso ou até fazer-lhe franzir o sobrolho, terei cumprido o objetivo a que me proponho com este blogue.

Let's do it! :)