segunda-feira, 11 de maio de 2020

Quanto pesa a saudade?



Que saudade eu tinha deste jardim!
Em ‘apenas’ dois meses senti na pele o peso de uns quantos anos de saudade! Da minha mãe e do meu pai.

Este 'admirável mundo novo' trouxe-nos espaço e tempo para redefinirmos estas medidas de peso e recalibrarmos os pratos da balança.

Quanto pesa a saudade?

E o Amor?

Para mim, neste tempo de confinamento, tem pesado umas lágrimas pelos cantos da casa, uns apertos no peito e olhares perdidos no horizonte da minha varanda. Isto num só prato da balança.

No outro, vou enchendo com chamadas diárias, brilharetes culinários, encantamentos de mãe apaixonada, yoga... e esperança! Sim, esperança de que o que quer que isto seja, chegou para transformar. De forma tempestuosa, é verdade. Mas não é depois da tempestade que chega a bonança?

Vamos acreditar!
Vamos acreditar, porque, afinal, confinar o corpo não significa propriamente (antes pelo contrário, diria!) que tenhamos que confinar a mente.

Vamos confinar para expandir! A mente!
(O corpo, se calhar, é melhor não, digo eu!!!)


Namastê!