quinta-feira, 31 de março de 2016

tropeçar e cair fora da rotina

... agora a quatro!



Ao fugir da cidade, tropecei e caí em cima de um pónei.

Esta parece-me ser a frase que melhor resume os poucos dias longe da rotina. Chamam-lhe miniférias da Páscoa. Nós chamamos-lhe a primeira retirada em família de quatro. A primeira aventura fora de casa com o benjamim da família.

Para o mais pequeno, houve tempo para atenção e brincadeira redobradas, sem nunca descurar a hora sagrada da maminha. E essa, sim, foi a única rotina inquebrável, cumprida religiosamente a cada três horas que passavam, como se tivesse um relógio incorporado.

Para o mais velho, houve tempo para travar novas amizades e para descobrir mais e mais. Ávido de saber, infiltrou-se no meio, brincou que se fartou, tropeçou, caiu e ainda confraternizou com os animais que por lá andavam. Póneis e muito mais.

Para nós, pais desta família, foi tempo de fugir da rotina, tropeçar na alegria de os ver crescer e cair [continuamente] de amores um pelo outro. E por eles.







terça-feira, 22 de março de 2016

uma mão + 1































Uma mão cheia já não é suficiente para representar a tua vida. E tanta Vida tens dado a estes anos que, aos meus olhos de mãe, têm passado a voar, à velocidade da luz!

Porque na minha "memória de mãe", ainda foi "ontem" que ouvi o teu choro incansável e vivaz, a gritar ao mundo "Cheguei, eu estou aqui"! Confesso que nunca pensei que um recém-nascido pudesse chorar com tanto vigor e por um tão prolongado período de tempo! Mostraste, desde logo, o menino determinado e cheio de força que és! Agradeço tanto por ti. Tanto, tanto!



Amo-te.

domingo, 6 de março de 2016

virar as costas

... ao mundo










Às vezes, precisamos simplesmente virar as costas ao mundo para nos podermos encarar. De frente. Encontrarmo-nos e alcançarmos a serenidade, ultimamente perdida no meio de tanta choradeira e das múltiplas solicitações. Do filho mais velho e do filho mais novo. De ambos, em simultâneo.

Quaresma? Chamar-lhe-ia necessidade de jejuar daquilo que nos agita por demais e deixarmo-nos alimentar de leveza e serenidade. E assim poder responder com força e amor às solicitações de amor. Porque é de Amor que se trata. Porque é dos filhos que falo.

Eu preciso. É Quaresma. Vou aproveitar.